Nada tão actual como Ortega y Gasset, porque à parte de ter sido considerado polémico por seus contemporâneos, sua filosofia nos parece tão jovem quanto o século XXI.
Os estudiosos da obra de Ortega y Gasset, dvidem-na em três fases:
- 1ª fase, a do objectivismo -
- 2ª fase, a o perspectivismo –
- 3ª fase, a do raciovitalismo - 1924 a 1955 (ano do seu falecimento).
Estudá-lo, é compreender os conceitos de “situação” e “temporalidade”, o que remete e convoca para a reflexão e conhecimento do nosso eu e da nossa realidade concreta, do que somos, quem somos, como somos e do quanto, como e o quê podemos fazer por nós e nosso mundo – o do eu, do particular, e o nosso coletivo -, diante da realidade concreta que se-nos apresenta: a nossa circunstancia.
Um apontamento fundamental para a reflexão do quanto o mundo todo está interligado, estamos todos conectados com todos e com tudo, ainda que não consideremos essa realidade. Um mundo e uma realidade que a priori pode ser recortada a um indivíduo, a um determinado espaço, todavia, esse está ligado a outro (s), que por sua vez a outros, e todos entre si, em rede, em cadeia, como uma teia aparentemente frágil, mas que esses fios entrelaçados, se fortalecem. Ignorar esse fato é dimiuir a possibilidade de construir outra realidade, e beneficar-se da circunstancia.
Penso residir a atualidade da obra orteguiana, num reconhecimento da filosofia das ruas, a filosofia do nosso tempo, o homem-mulher protagonista, que falam, rejeitam aceitam, que tentam incansavelmente romper com as dificuldades diárias, desse ser, fazer e viver a história tudo ao mesmo tempo.
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Aceitando com muito bom grado o chamamento do amigo e vizinho - de território e de idéias - , Luiz Eurico, do blogue Eu-Lírico (http://euliricoeu.blogspot.com/), para dar meu pequeno contributo ao Sítio D’ Olinda, proposta irrecusável, e como quase nunca me furto de aceitar um grande desafio, vamos a ele. Cá estou, acanhadamente trazendo um minúsculo escrito acerca da obra orteguiana.