Foi na segunda década do século XX que o carnaval recifense, como descreve Leonardo Dantas Silva, veio a "se abrilhantar de emoção e cores que somente os blocos carnavalescos, aos quais chamamos “blocos líricos”, puderam proporcionar ao folião.
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Ainda é assim no bairro da Várzea, no Recife |
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Tudo é alegria! |
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As famílias se reunem na vizinhança |
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As mamães trazem as filhotas. |
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As mocinhas recebem cuidados maternais. |
Diz ainda o historiador Dantas Silva, que
aqueles alegres cortejos surgiram "a partir dos cordões de isolamento onde podiam desfilar as senhoras e senhoritas da época, que já cultivavam a brincadeira dos pastoris e presépios".
Nesses brincantes, ainda segundo Dantas, "as mulheres cantavam e os homens tocavam instrumentos de pau-e-corda, como sejam os bandolins, violões, pandeiros, admitindo, quando muito, além disso, uma gaita de sopro."
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A ruazinhas varzeanas enchem-se de cores e de flores. |
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O flabelo atravessa o bairro, a caminho da folia. |
Assim como em 1920, as senhorinhas não frequentavam o carnaval dos clubes pedestres, onde os capoeiras dançavam o frevo-rasgado, os grupos de foliões e seresteiros de hoje em dia formaram os blocos líricos nos bairros, para que as famílias possam reviver aqueles felizes carnavais.
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E todos embarcam para a festança. |
Os versos do "Último Regresso", que Getúlio Cavalcanti compôs para o Bloco Banhistas do Pina, descrevem o lirismo desses cordões suburbanos:
"É lindo ver
O dia amanhecer
Com violões e pastorinhas mil,
Dizendo bem
Que o Recife tem
O carnaval melhor do meu Brasil!"
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Brincar: isso é o que move crianças e adultos. |
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E a velha rua da Aurora é tomada pelo alegre bando. |
Evoé! Flores do Capibaribe!
Legítimo representante dos cordões líricos de bairro!
Fonte da imagem final:
http://www.fotoarena.com.br/detalhes/foto/id/232395?ide=8208
Um comentário:
Nossa, muito legal este post.
Adorei as cores.
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