"E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava?
Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate.
Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas.
Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim.
Carnaval era meu, meu."
(Clarice Lispector )
Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate.
Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas.
Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim.
Carnaval era meu, meu."
(Clarice Lispector )
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
A brisa do mar é uma prece verde, no Sítio d'Olinda
Quadros Verdes
Michel Quoist
E a escola é moderna.
O diretor, muito ufano, vai-me apontando todas as
comodidades. De todas as coisas a mais bela,
Senhor, é o quadro verde. Os sábios
estudaram longamente, fizeram experiências.
Agora já sabemos que a cor verde é a cor
ideal, não cansa a vista, pacifica, relaxa os
nervos.
Pensei, então, Senhor, que não
tinhas esperado tanto tempo para pintar de
verde as campinas e o arvoredo. Tuas salas
de aula funcionaram muito bem e para não
nos cansar aperfeiçoaste uma porção de
matizes para Teus prados modernos. Assim
os “achados” dos homens consistem em
descobrir o que pensaste desde toda a
Eternidade.
Obrigado, Senhor, por seres o
bom pai de família que deixa a seus filhinhos
a alegria de descobrirem eles próprios os
tesouros de Tua inteligência e Teu amor.
Mas livra-nos de pensar que fomos
nós que os inventamos sozinhos.
Fonte do txt.:
JESUS, RICARDO, ROBERTO, Português Interpretação,
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2º vol., 5ª Ed., 1971, p. 24.
Fonte da img.:
www.marceloclemente.com/Olinda.jpg
Dedico esta postagem, especialmente, à amiga Jacinta,
com os parabéns pelo sobrinho recém-chegado.
Serve também para mostrar que eu e meu compadre Eurico
não somos dois ateus empedernidos, como os últimos textos
do Eu-lírico têm deixado transparecer.
(MICHEL QUOIST nasceu em Havre (França) em 1921. Membro da JOC, ordenado sacerdote em 1947. É doutor em Ciências Sociais pelo Instituto Católico de Paris. Escreveu inúmeras obras, traduzidas em várias línguas e regularmente reeditadas, das quais algumas ultrapassam um milhão de exemplares).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Caro amigo,
Vim tomar os ares verdes de seu blog!
Que doce inspiração e que saudades de Olinda!!
Sempre que a saudade apertar, voltarei...
Parabéns por esse espaço maravilhoso!
bjs
Meu querido compadre,
que delícia receber sua dedicatória. Observando minhas coisas, notei que tenho dado preferência para o Verde na minha vida. Verde-vida, Verde-esperança, Verde-Saúde-VIDA.
Estive em Ó Linda(rss) em 1996. Deixei meu olhar avançar, avançar, avançar...até onde eles quiseram ir pelas águas lindas desse lugar.
Que Saudade!
Que bom ter encontrado o seu "sítio". Aqui vejo Olinda e recebo carinho. Obigada.
Beijos
Seja sempre bem-vinda.
Obrigado, Senhor, por seres o
bom pai de família que deixa a seus filhinhos
a alegria de descobrirem eles próprios os
tesouros de Tua inteligência e Teu amor.
Quer cois mais bonita que isso rapaz? Sábias palavraa. Sabe que não acredito em ateus...Sou ateu na arte de não acreditar em ateus...rsss
Grande abraço...adoro verde...valeu a visita, volte sempre amigo...
O texto é do padre francês Michel Quoist. É realmente muito belo. Grato pela visita.
Saúde e paz!
Postar um comentário