ÍNDIOS
“...nos deram espelhos, vimos um mundo doente...”
.........................................................Renato Russo
Certo dia descobrimos uns galegos
Com seu deus crucificado
e, incautos, nos entregamos, cordeiros,
ao holocausto...
Descobrimos a Europa
Com os seus princípios...de bosta,
seus missais e arcabuzes,
a sua ciência morta,
E com as doenças de um mundo
ranzinza e antivital.
Nesse dia tão medonho
nos tornamos Portugal.
Contaram-nos do amor desse deus manso e pacífico,
por seus tataravós assassinado,
E, poluindo nossas almas inocentes,
nos vestiram com esse manto fictício,
e esses valores nauseabundos do ocidente.
Quem sabe, Nietzche, salve-nos, quem sabe,
pela transvaloração dessa cultura.
E que essa Tribo ensandecida morra
pra esse velho Novo Mundo infectado pela usura,
com rosários de prata sobre o peito
e pedaços de oiro em nossos dentes.
Mas morramos numa festa do Quarup
sem pecado, (que o pecado cá não existe)
sem medo e sem mentiras clericais,
celebrando a floresta ou a que nos resta
alegremente livres...
sim, felizes!
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Eurico
(Compadre Carlos, fiz essa releitura especial
para esta edição do Sítio d'Olinda,
de um poema antigo, que ora
dedico a Roberto Gambini.)
de um poema antigo, que ora
dedico a Roberto Gambini.)
2 comentários:
Carlinhos!
Ó linda cidadela!
Saudades daqui e daí! Faz um ano já. Levo comigo a cor do céu e das casas de Olinda. Lá adiante o mar... Infinitamente belo!
Abraço carinhoso
Ilaine
Abraço para você também de Matheus, meu menino brasileiro!
Matheus e Christian, né isso? Abraços nos dois e muita saúde e alegria de viver!
Abraço também no Mr. Herman. E em vc, minha amiga.
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